Centros de Memória

      Entendemos os centros de memória como acervos híbridos, na perspectiva apontada por Camargo e Goulart (2015). São 'lugares de memória' (NORA, 1993) que resguardam, por meio de materiais e suportes variados, a trajetória das instituições e de seus atores. Tais lugares - misto de arquivo, biblioteca e museu - têm finalidades variadas conforme sua inserção e real importância perante o conjunto orgânico de suas respectivas matrizes. Sendo assim, todo Centro de Memória tem uma perspectiva relacional com as instituições com as quais dialoga e, consequentemente, com as diversas disputas que configuram a produção das memórias institucionais. Enquanto lugar responsável pela seleção, organização, tratamento, recuperação e disponibilização de materiais diversos, seu fazer abrange constantemente a teoria e a prática.

            A conformação da equipe e atores envolvidos em sua produção é, essencialmente, multidisciplinar. Para além dos profissionais diretamente envolvidos na sua área específica, conhecimentos advindos dos campos da história, museologia, biblioteconomia e arquivologia são imprescindíveis para sua melhor estruturação. A seleção do acervo ou fundo não prescinde de reflexões e escolhas: se a memória costuma ser automaticamente correlacionada a mecanismos de registro, retenção, depósito e armazenamento. É preciso apontá-la, também, como diretamente ligada e dependente de mecanismos diversos de seleção e descarte. Assim sendo, um Centro de Memória, com suas lembranças e esquecimentos, registros e apagamentos, é sempre portador de sentidos pretendidos e de condutas éticas que o configuram e o caracterizam (ROUSSO, 1996). Entende-se, que os centros de memória, apesar de seu caráter instrumental não se configuram como meros substitutos dos dispositivos encarregados de abastecer as instituições com informações e documentos. Não são formas alternativas de bibliotecas ou arquivos. Enquanto lugares de memória precisam estar em conexão constante com os diversos atores sociais com os quais procura dialogar e estabelecer relações e processos de identificação. Se a memória se remete a um passado, os sentidos atribuídos a ela são produzidos num presente, em constante ressignificação.

               Deste modo, “são instrumentos potenciais no fortalecimento da identidade institucional, como fiadores de responsabilidade histórica e como veículos de transmissão de valores, entre outros” (CAMARGO; GOULART 2015). Assim sendo, entende-se que, ao nos remetermos à memória de Josué de Castro, trazemos também a questão alimentar para as reflexões sociais e contemporâneas, na medida em que as práticas alimentares estão investidas de padrões que são social e culturalmente disseminadas e compartilhadas. Ao formular um conceito de desenvolvimento que não é puramente econômico, mas que remete aos aspectos substantivos do bem estar dos indivíduos, a obra de Josué de Castro mantêm uma proximidade inquestionável com o debate atual em torno das políticas sociais e da cidadania.

 

Referências

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Em 2010, foi institucionalizado o projeto Centro de Memória e Estudos Josué de Castro - CEMJC -, com o objetivo de resgatar a memória do patrono do INJC, da própria instituição e da profissão de nutricionista, permitindo a recuperação e conservação do acervo histórico institucional. 

 

O projeto CEMJC representa a reafirmação do compromisso do INJC em cultuar a memória de seu patrono, cidadão brasileiro e do mundo. Uma justa reverência ao brasileiro, médico, escritor, sociólogo, antropólogo, cientista social, filósofo, poeta, humanista que, no início do século passado, desenvolveu estudos interdisciplinares sobre o fenômeno da fome, defesa ao direito à alimentação adequada, associados a reflexões sobre a Paz, o desenvolvimento sustentável e a proteção ao meio ambiente, temas ainda tão contemporâneos nos dias de hoje e que fundamentam as políticas e ações de segurança alimentar e nutricional. 

 

Por meio de algumas iniciativas como o Museu Virtual Josué de Castro e sua página no Facebook, a equipe do projeto - constituída por professores de Nutrição e alunas de Comunicação Social da UFRJ -, mantém acesa a memória do patrono, como forma de respeito à história e trabalho de Josué de Castro e como forma resistência ao atual cenário brasileiro. 

 

Os próximos trabalhos a serem realizados acerca do CEMJC proporcionarão também a integração e o contato com a comunidade, a partir da inserção da temática da alimentação em escolas de ensino público, a nível fundamental.

 Essa é página do Museu Virtual Josué de Castro, do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ. Por meio dela, você poderá conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de Josué Apolônio de Castro, um ilustre professor e pesquisador brasileiro que, sensibilizado pela problemática da fome no Brasil e no mundo, dedicou grande parte de sua vida ao estudo dos problemas nutricionais e à luta contra a miséria e as desigualdades sociais.

 

 

Sobre o Museu

         

            Em 2010, foi institucionalizado o projeto “Centro de Memória e Estudos Josué de Castro” - CEMJC – que deu lugar ao projeto “Memorial Professor Josué de Castro: preservando a memória e o patrimônio histórico do INJC”, tem como objetivo de preservar a memória do patrono do INJC, da própria instituição e da profissão de nutricionista, permitindo a recuperação e conservação do acervo histórico institucional.

            O projeto representa a reafirmação do compromisso do INJC em cultuar a memória de seu patrono, cidadão brasileiro e do mundo. Pretende-se que o Memorial venha integrar o circuito de centros de memória e espaços museológicos da UFRJ, proporcionando aos usuários estudar e conhecer um pouco da história das unidades acadêmicas da UFRJ, de seus fundadores e da constituição de Universidade. Uma justa reverência ao brasileiro, médico, escritor, sociólogo, antropólogo, cientista social, filósofo, poeta, humanista que, no início do século passado, desenvolveu estudos interdisciplinares sobre o fenômeno da fome, defesa ao direito à alimentação adequada, associados a reflexões sobre a Paz, o desenvolvimento sustentável e a proteção ao meio ambiente, temas ainda tão contemporâneos nos dias de hoje e que fundamentam as políticas e ações de segurança alimentar e nutricional.  

          O Museu Virtual Josué de Castro é uma das ações do projeto Memorial Professor Josué de Castro: preservando a memória e o patrimônio histórico do INJC, página eletrônica hospedada no site institucional do INJC para tornar público um pouca da vida e obra de Josué de Castro.

           O projeto projeto “Memorial Professor Josué de Castro: preservando a memória e o patrimônio histórico do INJC”está cadastrado na base de dados do Sistema Integrado de Gestâo Acadêmica-SIGA da UFRJ Pelo link, na sequência, acesse o resumo do projeto: https://portal.ufrj.br/Inscricao/extensao/acaoExtensao/acao?id=2332767A-DE8D-494E-86FB-E1154E256DEB&cid=1159404&conversationPropagation=nestedO

      Museu Virtual Josué de Castro também é divulgado nas redes sociais, pelo Facebook: (https://www.facebook.com/projetomemorialjc) e pelo Instagram (https://www.instagram.com/memorialjosuedecastro/)

 

 

Centros de Memória

 

 

A equipe é composta por docentes e alunos da UFRJ e colaboradores.


Docentes:

Profa Elizabeth Accioly- INJC
Profa Lucia Andrade- INJC
Prof Antonio José B. Oliveira- FACC

Alunos curriculares de Extensão:

Dayanne Neves (curso de Nutrição)
Jullyanne Gil (curso de Nutrição)
Luisa Teixeira (curso de Nutrição)
Mylena Abreu (curso de Comunicação social)
Nathalia Machado (curso de Nutrição)
Thadeu Vianna Leal e Silva (curso de Comunicação social)
equipe

 

Assessoria em informática:

Luciano Leite Alvarez

Contatos institucionais:

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Telefones: (21) 3938-6697, (21) 3938-6599

Facebook: https://www.facebook.com/projetomemorialjc
Instagram: https://www.instagram.com/memorialjosuedecastro/

 

 

De Recife à Paris, Josué de Castro investiu seu trabalho no combate à fome. O nutrólogo, além de professor e político, atuou também como diplomata e integrou ativamente diversos órgãos internacionais. Conheça a seguir algumas das ações que renderam a Josué o título de “cidadão do mundo”:

Em 1947, Josué de Castro exerce o cargo de membro do Comitê Consultivo Permanente de Nutrição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

Entre 1952 e 1956, preside o Conselho Executivo da FAO.

 

O que é a FAO?

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lidera os esforços internacionais de erradicação da fome e da insegurança alimentar.

Criada em 16 de outubro de 1945, a FAO atua como um fórum neutro, onde todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, se reúnem em pé de igualdade para negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.

A FAO trabalha no combate à fome e à pobreza, promove o desenvolvimento agrícola, a melhoria da nutrição, a busca da segurança alimentar e o acesso de todas as pessoas, em todos os momentos, aos alimentos necessários para uma vida ativa e saudável.

Reforça a agricultura e o desenvolvimento sustentável, como estratégia a longo prazo para aumentar a produção e o acesso de todos aos alimentos, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais.

Fonte: Nações Unidas

 

Em 1957, Josué funda e preside a Associação Mundial de Luta Contra a Fome (Ascofam).

Com a criação da Ascofam, o diplomata demonstrou seu compromisso e credibilidade quanto ao tema, convidando para integrar a organização o fundador da Universidade da Paz e prêmio Nobel da Paz, Padre Pire, Padre Joseph Lebret, René Dumont e Oswaldo Aranha.

Nas próprias palavras de seu fundador, a Ascofam apresentava o objetivo de "agir como um catalisador que acelere a transformação de um vasto conjunto ou complexo social no qual está indissoluvelmente englobado o fenômeno da fome." Para atingir esta meta, a associação buscava pautar suas ações a partir de interesses supra-nacionais, visando à segurança da humanidade. Buscou realizar atividades de sensibilização, pesquisa, formação de pessoal e elaboração de projetos que promovessem o desenvolvimento socioeconômico das áreas ameaçadas pela fome.

Fonte: Projeto Memória Josué de Castro

 

Em 1962, Josué atua como embaixador do Brasil junto aos órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça.

Instaurado o Ato Institucional nº 01 no Brasil, no contexto da ditadura militar, Josué de Castro, em companhia de Miguel Arraes, Seixas Dória, Darcy Ribeiro, Celso Furtado e Leonel Brizola, tem seu mandato e direitos políticos cassados. Demite-se então imediatamente do cargo de embaixador-chefe.

Em 1968, assume o cargo de professor estrangeiro associado no Centro Universitário Experimental da Universidade de Paris. Lá, exerce a função até o ano de sua morte, em 1973.

                                        

UFRJ Museu Josué de Castro - Nutrição
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